quinta-feira, 25 de outubro de 2012

A Importância da Igreja Local na Visão do MDA


Abe Huber
 
UM POUCO DA GÊNESE DO MDA
Durante alguns anos eu estudei os modelos de crescimento da igreja e acompanhamento de novos convertidos, assim como as estratégias de treinamento de líderes para continuar avançando o Reino de Deus na Terra. Por não sermos radicais nem dogmáticos, não copiamos integralmente nenhum dos modelos disponíveis de igreja em células. Não porque não quiséssemos ser parecidos ou identificados com qualquer grupo ou modelo, mas porque acreditamos que o Espírito Santo é original, criativo e contextual.
Cremos que quando nos colocamos diante Dele em íntima dependência, Ele nos guia naquilo que é o Seu melhor para a nossa vida, nossa família, nossa igreja, para nossa cidade e para todos aqueles dentro de nosso círculo mais íntimo de parceria e relacionamentos.
Estudando os diferentes modelos de igreja em células, observando-os de perto e gastando tempo com os líderes envolvidos em sua prática, encontramos vários bons modelos, como o “Modelo 5×5”, do Reverendo David Yonggi Cho e O “Modelo dos Grupos de Interesse”, do Dr. Ralph Neighbour Jr.. Todos eles são bons e funcionáveis nos contextos em que são aplicados, para aqueles que seguem seus princípios. Contudo, acreditávamos que Deus tinha algo específico para nós, com as nossas cores e nossa cara, capaz de florescer nos mais diferentes ambientes em que houvesse receptividade para o seu desabrochar. Queríamos algo adaptável, prático, descomplicado.
Entendemos que os modelos são feitos para as pessoas e não as pessoas para os modelos. Assim, em oração e dependência de Deus, chegamos às bases do Modelo de Discipulado Apostólico – MDA. Neste modelo, priorizamos as vantagens do discipulado um a um, ao mesmo tempo em que aproveitamos os benefícios dos outros modelos. Desta maneira, com base naquilo que o Senhor tem nos dado como a estrutura funcional do MDA, é possível para a Igreja Local ganhar multidões para Jesus sem deixar de cuidar bem de cada cristão. Isto é o discipulado um a um em ação. Isto é MDA.

A ORGANIZAÇÃO DA VISÃO
A visão foi gerada, floresceu e cresce num ritmo saudável e contínuo, mas a um alto custo para muitos de nós que continuamos a pagar este preço para que seus objetivos e metas sejam alcançados. A visão do MDA vem do Espírito Santo, e é somente pelo Espírito Santo que alguém pode implantá-la.
Como a visão é proveniente de Deus, não nos sentimos proprietários, donos dela, apenas instrumentos que Deus pode usar para comunicar estratégias e ferramentas para o cuidado individual e coletivo de Seu povo. Assim, todos os que amam sinceramente ao Senhor e querem fazer uso deste modelo, têm plena liberdade no Senhor de sentir-se parte da visão, de correr com ela, de considerar-se da “família MDA”, que não é uma criação nossa, mas de Deus.
Recentemente, com o intuito de melhor assistir aos líderes e igrejas que querem mais do MDA, foi criada a Associação MDA, a qual é uma ferramenta de Deus para apoiar no implante e acompanhamento do MDA nos seus diversos níveis.  Não temos intenção comercial, mas recomendamos a aquisição dos produtos que aparecem MDA Shop. Eles estão ajudando centenas de líderes, e podem ajudá-lo também, com certeza.
A visão não é algo imutável, fechada, inerrante como o cânon das Escrituras, ao qual não se pode acrescentar nem dele tirar coisa alguma. O sucesso e a eficácia da visão dependem de nossa capacidade de contemplar e ouvir corretamente a visão e o falar de Deus. Estamos escrevendo a visão, gravando-a, aperfeiçoando-a de acordo com a direção de Deus e o fluir do Espírito Santo. Estamos levando a sério o que disse o Senhor ao profeta Habacuque: “O Senhor me respondeu, e disse: escreve a visão, grava-a sobre tábuas, para que a possa ler até quem passa correndo” (Hb 2.2). Louvamos a Deus por aqueles que têm parado, lido e tirado proveito dos benefícios que ela pode oferecer. Com certeza sua carreira será mais veloz, mais direcionada e menos cansativa depois disso.
” (Mateus 6.33).
Deus está implantando o Seu Reino aqui na terra, e isso fica muito claro e definido na Sua visão para nós: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra…” (Gênesis 1.28). Assim, a essência da vontade de Deus para nós consiste em buscar primeiramente o Seu Reino e sua justiça para todas as áreas da vida, e em obediência aos mandados de “crescer” e “multiplicar”.
Adão e Eva gozavam de perfeita comunhão com Deus e assim refletiam perfeitamente a Sua glória. Na medida em que eles obedecessem à ordem de crescer e se multiplicar, toda a terra ficaria cheia da glória de Deus como as águas cobrem o mar. Mas ainda não foi com eles. Deus repassou, agora, essa co-responsabilidade para nós.

O PLANO DE DEUS É IMUTÁVEL
O plano original de Deus nunca mudou. Mesmo que o homem natural, por causa do pecado, não reflita a glória de Deus, aquelas pessoas que verdadeiramente já nasceram de novo refletem esta glória. Dessa maneira, a ordem de Deus continua a mesma: “Eu quero o meu Reino implantado sobre toda a terra, e isto vai acontecer quando os meus filhos colocarem o meu Reino em primeiro lugar, crescerem e se multiplicarem até que toda a terra esteja cheia de pessoas que reflitam a Minha glória”.
É fácil dizer que estou buscando em primeiro lugar o Reino de Deus. Mas, na prática, como posso fazer isto? Em que contexto devemos buscar o Reino de Deus?
Jesus disse: “Eu edificarei a minha Igreja…” (Mateus 16.18). Em outra ocasião, ele disse: “Quem comigo não ajunta, espalha” (Mateus 12.30). Em outras palavras, o Reino de Deus aqui na Terra se manifesta e é centralizado na Igreja do Senhor Jesus.

A IGREJA DO SENHOR JESUS É O CORAÇÃO DO REINO DE DEUS
De acordo com as palavras do próprio Senhor Jesus, a menor expressão de “Igreja” é um ajuntamento de duas ou três pessoas reunidas em Seu nome, conforme Mateus 18.20. Há muitos ajuntamentos grandes que não são feitos no nome do Senhor. Por esse texto, vemos que o Senhor está falando da Igreja Local, seja ela composta por dois ou três, por três ou trinta mil, ou por mais.
A Igreja do Senhor Jesus tem duas dimensões na Terra: a Igreja Mundial e a Igreja Local. Como eu posso ter certeza de que estou colaborando com Deus na edificação da Igreja Mundial do Senhor Jesus? Somente se eu estiver envolvido ativamente na Igreja Local! Se eu não estiver envolvido na edificação da Igreja Local, eu não estarei edificando como eu devo a Igreja Mundial do Senhor Jesus.
Estamos trabalhando com Deus ou contra Deus? Talvez muitos não saibam disso, mas quem não está envolvido na visão da Igreja Local, ajudando-a a crescer e se multiplicar em quantidade e qualidade, está na realidade trabalhando contra Deus, ainda que seja por omissão. Isto é muito sério. Deus coloca importância máxima sobre a Igreja Local, porque ela é o coração da Igreja do Senhor Jesus aqui na Terra.

CONCLUSÃO
O Apóstolo João, em Apocalipse 1.10-11, ouviu a voz do Senhor Jesus por trás de si. Mas quando se virou para ver o Senhor Jesus, ele viu primeiramente sete candeeiros de ouro (Apocalipse 1.12), para só depois ver o Senhor Jesus (Apocalipse 1.13). “Os sete candeeiros são as sete igrejas” locais (v. 20). Creio que, simbolicamente, este quadro mostra que para termos revelação do Senhor Jesus temos também que ter a visão da Igreja Local. Onde estava Jesus? No meio dos sete candeeiros (v. 13). No meio das Igrejas Locais.
Concluímos disso tudo que é impressionante a importância que Deus põe na Igreja Local. É a partir dela que Ele manifesta a Sua vontade na Terra, evangeliza, ganha, consolida, edifica, treina, envia, e começa de novo todo o processo, com um exército cada vez mais aumentado de soldados equipados, servos compromissados com os valores e princípios do Reino, seja na sua casa, com seu vizinho, na sua cidade, ou nos confins da Terra. Em todo lugar, porém, a Igreja Local deve estar pulsando como o coração central do Reino de Deus.
Quanto ao MDA, sua função é promover um compromisso pleno, uma paixão abrasadora e uma intimidade profunda com Jesus, desde o relacionamento pessoal um a um do discipulado, até o enchimento de toda a Terra com a glória de Deus, como as águas cobrem o mar. Até lá, isto é só o começo!






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